Lúcia para a Cabo Magazine
(clica em cima para veres e entrevista)
Fica aqui um cheirinho:
Diz-me o que cantas:
Lúcia Moniz fala sobre cada uma das canções do seu terceiro álbum de originais.
Chuva: Usei para o título uma palavra cuja sonoridade me agrada bastante e foi escolhido muito antes de sabermos que íamos passar um Inverno de seca.
Fica Bem: Foi o primeiro tema a ser composto. É perceber que as coisas podem não correr bem, mas que isso não implica que se queira mal ao outro.
Tudo em Comum: É uma mensagem de esperança no sentido de tomar consciência de que, se temos tudo em comum com uma pessoa, é um disparate estarmos separados dessa mesma pessoa.
Leva-me p’ra Casa: É um tema muito pessoal, mas posso resumi-lo como sendo falar de uma pessoa que se sinta sozinha e não veja futuro nenhum na fase da vida em que está, mas que, se é para estar sozinha, ao menos que esteja em casa.
Slave: É talvez das letras mais agressivas. Fala de uma mulher que é maltratada, numa tentativa de alertar para esse facto, que é um facto real nos nosso dias.
Sorry: Foi a última a ser gravada. Fala de uma pessoa a pedir desculpa, mas uma desculpa do género “eu sei que errei, mas sou assim”.
Não Podes Esquecer: É uma espécie de “não deixes para amanhã o que podes fazer hoje” e também um dizer que, por mais negra que por mais negra que pareça a situação, há sempre forma de dar a volta.
Wait: Tem a ver com a ideia de que o tempo cura e esclarece muita coisa.
Tatuada de Mar: É um tema dedicado à minha filha e mais não digo (risos).
Tão Perto: Um tema escrito a pensar na minha irmã Sara, mas que acabo por dedicar aos meus irmãos todos. É uma forma de lhes dizer que estou cá para eles e que acredito neles.
A Faixa Escondida: Um improviso que eu fiz, uma espécie de ponto final que mostra como às vezes eu gosto de brincar com a voz.
Comentários
Como a xana disse, também gostei muito de ver a Lúcia a explicar, o que significam para si cada uma das músicas, ou o que as inspirou. Os fãs gostam sempre de saber esse tipo de coisas e geralmente nas entrevistas perguntam tudo e mais alguma coisa, mas isso nunca é costume. Por isso felicito quem fez essa entrevista.
Também foi interessante ler a Lúcia a explicar, o impacto que a maternidade teve na sua vida e mais concretamente na elaboração deste cd. Acho que na sua globalidade foi uma entrevista muito bem conseguida e interessante.
Partilho igualmente da vossa desilusão por pela primeira vez, aquele livrinho que vem com o cd não trazer as letras. Por acaso até consigo perceber bem, só mesmo na Slave é que há uma palavra ou outra é que me escapa.
Não a sério, também achei estranho o book não trazer as letras mas a ideia com que fico para que isso tenha acontecido, é a de que talvez ela queira que nós descobramos todos os recantos das letras e caminhos que a levaram até lá, quando estamos lá em casa no nosso cantinho com o "Leva-me pra Casa" a tocar na aparelhagem!