Lúcia fala à TV+
(é enorm eu sei mas não havia outra maneira de a colocar e fan que é fan lê tudo)
“Sou muito espontânea” TV+:
Lúcia Moniz apresenta novo trabalho.
A sua naturalidade cativa o público, que está a acolher muito bem a proposta musical que a cantora traz em 2005.
Esta é uma fase em que Lúcia Moniz tem muitas razões para estar de bem com À vida. Ao lado da filha, Júlia, passa por sensações que se reflectem no novo trabalho. “Leva-me pra casa” é o seu terceiro trabalho e apresenta uma vertente mais madura e tranquila na sua carreira.
Lúcia Moniz: Sem dúvida! Em cada álbum acaba por transparecer o meu estado de espírito na altura. Este reflecte muito o que sinto agora, com uma postura mais tranquila, relaxada.
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Nos anteriores o rock estava mais presente que no “Leva-me pra casa”. Foi uma escolha?LM: Não o evitei simplesmente surgiu. Tive até a duvida se iria integrar no álbum os temas mais rock, mas como gosto delas e achei que faziam falta, acabaram por entrar.
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O facto de ter gravado nos Açores também ajudou à tranquilidade?LM: Gravei o álbum num sítio diferente, mas acabei por trabalhar com as mesmas pessoas. Infelizmente não trabalhei com o Nuno Bettencourt neste projecto porque estávamos muito longe. Eu na altura estava grávida e não podia viajar com tanta facilidade, Escolhi um sítio mais familiar e mais confortável para todas as eventualidades.
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Nos últimos tempos tem tido muito trabalho em diferentes áreas como musica, o cinema, e o teatroLM: Não foi simultâneo, porque já tinha filmado um ano antes de estrear mas acabou por acontecer tudo ao mesmo tempo. Agora estou mais concentrada no álbum porque não tenho tempo para mais nada! Estou em fase de promoção e de alguns show-case.
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Neste álbum há duas participações especiais, da sua mãe Maria do Ampara e da sua irmã Sara. Gosta de trabalhar com família?LM: Adoro! E dá um jeito enorme porque é fácil de trabalhar! É muito saudável o trabalho entre nós, enriquecemos ainda mais a nossa ligação. Pedi à minha mãe para escrever a letra dedicada à minha filha e a participação da minha irmã foi por acaso. Eu estava a gravar vozes na sala, e ela foi lá a casa e eu perguntei se queria colaborar.
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Mas a Sara já tinha feito vozes para si…LM: Sim, mas nunca em gravação, só em concertos. Eu gravava sempre nos Estados Unidos e não era assim tão fácil ela lá ir.
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No caso da sua mãe fazia todo o sentido ser a avó da Júlia a escrever-lhe um música.LM: Gosto muito da forma como a minha mãe escreve e como é um assunto tão pessoal e ela é tão sensível nesse nível achei que era a pessoa certa. Foi um tema gravado à primeira, gostei da espontaneidade e cantei muito próximo do microfone, como se fosse uma canção de embalar. É como se estivesse a cantar ao ouvido e acho que ficou bem.
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A mesma equipa acompanha-a desde o início. Gosta de manter uma ligação com quem trabalha consigo?LM: Sim, e acho que tem um bocado a ver com o meu signo, de terra, gosto de ir pelo seguro. Há um ambiente tão positivo que naturalmente volto a trabalhar com as mesmas pessoas. Neste álbum quis trabalhar com quem conhecesse bem porque, como estava grávida, não pode estar tão presente como nos anteriores.
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Não esteve tão presente, mas o estado de espírito mais sereno está bem patente.LM: Há uma tranquilidade que não tinha antes de ter um filho. Acaba por ser uma contradição porque agora é que estou ocupada e não tenho tempo para mais nada. Mas é uma etapa atingida na vida de uma mulher e há um grande bem-estar. Muitas vezes acabam por ser mais óbvias, nem se põe em questão o que está em primeiro lugar.
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Como está a conseguir conjugar a maternidade com a vida agitada de artista?LM: Estou a tentar ser mãe a tempo inteiro. Felizmente tenho a minha mãe, irmã e amigos que em alturas complicadas ficam com a minha filha, e obviamente o pai. Mas como ambos temos a mesma vida e não estamos a abdicar da profissão, não é fácil. Não esqueço e ponho em primeiro lugar a maternidade.
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Sendo a vertente de actriz cada vez mais presente, a musica continua SER acima de tudo o seu universo de preferência?LM: A música é o meu universo desde que nasci. A representação veio mais tarde e aos poucos fui tendo mais experiência, que me dá vontade de ir para a frente e levar mais a sério. Agora quero construir uma carreira de actriz, tenho essa vontade.
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Está nos seus planos fazer alguma formação?LM: Sim, eu estava a ter aulas em Londres quando descobri que estava grávida. Foi adiado, mas tenho muita vontade de aprender. Com uma filha é mais difícil em termos de disponibilidade mas não é impossível.
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Também pode ser útil quando tem de cantar ao vivo.LM: Sim, apesar de em palco não ser uma personagem vezes deixo-me levar demasiado e exagero um bocado. Sou muito espontânea.
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Com o título do novo álbum quer mesmo que levem a sua música para casa?LM: “Leva me pra casa” é um discurso directo e achei engraçado. Para mim, casa é sinónimo de conforto, bem-estar, e é onde estas músicas podem ser ouvidas.
(obr. Xana)
Comentários
Por exemplo já me tinha perguntado porque é que o Nuno Bettencourt não estava presente neste cd, pensei que fosse uma opção da Lúcia trabalhar agora exlucisvamente com o companheiro, mas afinal não. Gostei deste novo cd mas gostaria que o Nuno Bettencourt continuasse a colaborar com a Lúcia Moniz, porque acho que ela só tem a ganhar com isso, ele tem talento e experiência e escreve muito bem.
Acho que a opção dela em trabalhar sempre com as mesmas pessoas, pessoas da sua confiança e até com a família são muito positivas.
O passo seguinte é mesmo começar a escrever a maior parte, ou a totalidade das letras.