"Carol é solitária, mas vive bem com isso, é muito positiva"



Numa entrevista exclusiva no Canadá (ver reportagem na Notícias TV), Lúcia Moniz fala do seu papel em Living in a Car, série dirigida pelo realizador de Seinfeld, David Steinberg

O Amor Acontece foi a sua única internacionalização como actriz. Porque é que não continuou a apostar numa carreira internacional?

Eu continuo... (risos)

Então continuou a tentar mas só agora, em Living in a Car, é que conseguiu?

Para já acho que o factor sorte tem de estar muito ligado. Obviamente que há outros factores, como o talento, a dedicação, a persistência. Isto faz com que uma pessoa consiga vingar. Admito que não tenho o talento de saber furar. Acho que tenho muita sorte. Mas tenho tentado. Desde O Amor Acontece que continuo em contacto com agências de Londres, Los Angeles. Faço castings... ou melhor, gravo-me a mim própria e envio. Isto é uma luta, então nos EUA é uma luta louca. E eu não tenho esse estômago.

Como é que Living in a Car lhe caiu na carreira?

Foi a beActive que fez o convite. Um convite sabe bem. Para já é depositada uma confiança enorme, por outro lado, a responsabilidade e o sentido de querer corresponder às expectativas é maior e põe-me nervosa. Já cheguei a dizer que às vezes sinto-me mais à vontade quando faço um papel para o qual fiz casting do que ser convidada. Neste caso, já estou a confessar o meu nervoso... (risos)

Aceitou logo o convite?

Claro que sim. Mostrei logo interesse por várias razões: por ser um projecto que quando li as sinopses achei muito engraçado, por ser em inglês, por ser fora do país... tudo isso fez com que eu quisesse aceitar.

Quem é Carol em Living in a Car?

A Carol é uma rapariga que aparece no novo percurso de vida do Steve, que de repente se viu sem nada e que a única coisa que tem é um carro que é uma bomba... mas é um carro que é uma coisa brutal [Rolls Royce]. Nunca vi nada assim em Portugal...

Teve logo vontade de ir lá para dentro?

Não, mas até me inspirou um pouco porque a Carol vive numa Van amarela que deve estar a cair de podre. (risos) Ela vive lá porque optou por este estilo de vida... é mais económico, sente-se bem, o desconforto não é uma coisa que a incomode muito. Ela oferece ajuda ao Steve e ao longo da série acaba por ser uma conselheira, uma amiga, uma pessoa que lhe dá apoio, que lhe faz companhia... julgo que é um pouco o facto de ela precisar de companhia.

A Carol é solitária, portanto...

Sim, mas lida bem com isso. Mas, bolas, quem é que não gosta de ter alguém para conversar?

Vão envolver-se?

Não. Ficam amigos. A Carol é uma pessoa muito positiva, ou seja, se houver uma situação menos boa nunca é a pior... ela consegue sempre dar a volta e dizer: "Espera, há pior que isto, não fiques assim".

Fonte: Diário de Notícias

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