entrevista

"A minha paixão é o cinema, apesar de estar a gostar do teatro"

Lúcia Moniz vai fazer de Maria von Trapp em "Música no coração"


Divide a sua carreira pela música, televisão, cinema e agora o teatro. A participação no espectáculo "Música no Coração" de Filipe La Féria ocupa-lhe os dias, mas ainda consegue gravar as cenas para a série "Aqui não há quem viva", da SIC. Lançou em 2005 o disco "Leva-me para casa". Diz que aos 80 anos talvez se possa considerar uma actriz completa.

A música foi a sua vida durante anos, mas, entretanto, surgiu a representação. Começou em novelas da RTP, passou pela ficção da TVI e agora está a gravar alguns episódios da "sitcom" "Aqui não há quem viva", para a estação de Carnaxide. A estreia no cinema foi fazê-la a Inglaterra no filme "O amor acontece", de Richard Curtis. Agora está muito envolvida na nova produção de Filipe La Féria, "Música no Coração".

Depois de "Saber amar", na TVI, a participação na série "Aqui não há quem viva" é também um regresso à televisão?


Lúcia Moniz: Ainda não terminei as gravações, comecei apenas há três semanas, mas já estava com saudades da televisão.


Com o trabalho intensivo no musical "Música no coração" é, mesmo assim, saboroso este regresso ou complicado pelos afazeres?

Não deixa de ser complicado, mas o facto de regressar ao trabalho está a fazer-me bem, pois estive bastante tempo parada. Apesar de ter optado por ser mãe a tempo inteiro, de que não me arrependo, gosto muito da minha profissão e tinha saudades de a exercer.

"Aqui não há quem viva" é diferente de tudo o que fez em televisão?

Está a ser interessante porque também é um trabalho que tem qualidade, e isso preenche-me. É a primeira vez que faço comédia na televisão, mas, felizmente, temos um director de actores, o Nicolau Breyner, que tem sido uma grandessíssima ajuda. Estou a aprender muito com ele e com o elenco, também já muito batido nestas andanças.


Considera-o um bom director de actores?

Costumo dizer que ele é uma espécie de Scolari para os actores. Além de conseguir ser um bom director, consegue unir o elenco e criar um bom ambiente entre todos.

Na sua carreira tem predominado a música. Afinal, que lugar ocupa a representação?

À medida que o tempo passa acho que cada vez mais estou dividida entre as duas coisas. Ultimamente, tenho insistido muito na minha faceta de actriz. A parte da música está um bocadinho a descansar (risos). Talvez daqui a um, dois anos comece a escrever. Agora estou tão absorvida nestes trabalhos que não consigo concentrar-me em mais nada.


A sua estreia no teatro tem a ver com a música...

Vou cantar e também representar o papel de Maria von Trapp, em que alterno com a Anabela. Dá-me um enorme prazer porque é a primeira vez que estou a juntar as duas coisas num projecto tão rico a nível de personagem como de canções e melodias. Estou muito grata ao Filipe Lá Féria por me ter dado esta oportunidade.


Posso concluir que a música é a primeira paixão?

Não a ponho de parte, mas já não digo que seja a prioridade; estou mesmo dividida e envolvida na área da representação como actriz e a gostar muito.


A participação no filme "O amor acontece" foi situação pontual ou também serviu para abrir algumas portas?

No momento é pontual, mas desde essa experiência que tenho mantido contacto e procurado dar-lhe continuidade, apesar de não ser fácil.


Foi uma experiência única?

Foi a minha estreia no cinema e aprendi muito. Desde então, não sei como, tive uma postura diferente a nível de actriz, comecei a acreditar mais em mim.


Consegue estabelecer um paralelo entre trabalhar em televisão, teatro e cinema?

É muito diferente, desde o método ao ritmo de trabalho e à maneira de representar. Não tem nada a ver, são técnicas diferentes.


Qual das três prefere?

Gosto muito de cinema. Apesar de o teatro me estar a agradar, talvez o cinema seja a minha paixão.

Comentários

W disse…
thanks,amanha vou ler isto td c calma ;) **

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